Nervosismo: causas, sintomas e dicas de como lidar

Postado em 24 de ago de 2021
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O nervosismo é um dos percalços enfrentados pelos estudantes, seja os que estão se preparando para o Enem e vestibulares ou os que já ingressaram no ensino superior e precisam conciliar os estudos e o trabalho.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país em que as pessoas mais têm transtornos psicológicos no mundo: eram quase 19 milhões de brasileiros com ansiedade em 2020.

Com a situação da pandemia de covid-19 e o necessário isolamento social, ficou ainda mais difícil lidar com a pressão e as consequências emocionais, físicas e psicológicas do nervosismo.

Existem algumas dicas, no entanto, para que você consiga driblar esse problema e se concentrar nas suas atividades, sejam elas do trabalho ou estudos. Confira!

Neste artigo você vai encontrar:

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O que é nervosismo e algumas causas

O nervosismo é uma condição emocional que deixa as pessoas agitadas ou irritadas e normalmente ocorre a partir de alguma situação específica que lhe gera uma espécie de gatilho e desencadeia essa aflição.

Os sintomas de nervosismos são reações comuns, sobretudo em situações de grande excitação ou estresse, e podem se manifestar na saúde do corpo, em desvios no comportamento ou na saúde mental e psicológica.

Veja alguns dos possíveis sintomas de nervosismo:

Sintomas físicos

  • Mãos tremendo;
  • Suor excessivo em locais específicos, como as mãos, ou em todo o corpo;
  • Aceleração dos batimentos cardíacos;
  • Vermelhidão facial, como se estivesse com vergonha;
  • Alteração na respiração, causando inclusive falta de ar;
  • Tontura, vertigem, dor de cabeça e náuseas;
  • Visão embaçada;
  • Sensação de formigamento ou dormência em partes do corpo;
  • Ondas de calor ou frio repentino;
  • Gagueira e boca seca;
  • Agitação motora, como quando você sente necessidade de ficar balançando as pernas ou batendo com uma caneta na mesa;
  • Sensação de paralisia;
  • Rigidez, fraqueza ou tensão muscular;
  • Necessidade constante de urinar;
  • Zumbido nos ouvidos.

Sintomas comportamentais

  • Vontade de roer as unhas;
  • Quando você fala mais rápido, mais baixo ou mais alto do que o seu tom de voz normal;
  • Necessidade de se desculpar e autocorrigir o tempo todo;
  • Ser agressivo verbalmente com pessoas próximas;
  • Ficar irritado a ponto de jogar ou quebrar objetos;
  • Fumar, beber ou comer em excesso ou de forma compulsiva;
  • Ter dificuldade de ficar parado, andando de um lado para o outro ou simplesmente ficar contorcendo as mãos;
  • Morder os lábios;
  • Ranger ou apertar os dentes, dormindo ou acordado;
  • Evitar contato visual;
  • Encolher a coluna, ficar com os ombros curvados, braços cruzados, ou mãos entre as pernas ou nos bolsos, com uma postura encolhida.

Sintomas psicológicos

  • Dificuldade de formular pensamentos;
  • Impaciência;
  • Vontade de chorar ou aborrecimento por motivos aparentemente banais;
  • Oscilações de humor constante;
  • Irritabilidade e impulsividade;
  • Desatenção, falta de foco e concentração;
  • Medo;
  • Pensamentos obsessivos ou perturbadores;
  • Preocupação exacerbada;
  • Apatia ou indiferença com situações e pessoas;
  • Dificuldade de tomar iniciativa e decisões;
  • Esquecimentos repentinos, como o branco mental.

Importante salientar que todos esses sintomas, sejam eles físicos, comportamentais ou psicológicos, estão dentro do esperado quando expostos a situações de estresse.

É completamente normal que alguém tímido fique nervoso quando precise falar em público ou quando alguém que se prepara muito para uma prova vai, finalmente, realizá-la.

Os sintomas de nervosismo são pontuais, ou seja, costumam passar sempre que determinado objetivo é alcançado ou quando um obstáculo é vencido.

Você precisa ficar atento, contudo, se esses sinais de nervosismo são constantes e se têm como causa algum problema ou conduta mais complexa.

Causas do nervosismo

Existem causas que podem ter uma raiz mais profunda, relacionadas ao seu comportamento, hábitos e estilo de vida. Por isso é importante entender o que, exatamente, está te deixando nervoso.

O nervosismo, portanto, pode ser o primeiro sinal de algumas dessas situações:

  • Noites mal dormidas;
  • Excesso de cafeína;
  • Sedentarismo;
  • Desorganização;
  • Falta de autoconfiança;
  • Pressão no trabalho;
  • Perfeccionismo;
  • Problemas de relacionamento;
  • Preocupações financeiras;
  • Efeito colateral de medicamentos.

Alguns desses quadros, no entanto, podem gerar uma condição ansiosa, o que representa uma patologia mais grave. Mas afinal, qual a diferença entre ansiedade e nervosismo?

 

Ansiedade e nervosismo: qual a diferença?

Os sintomas e causas da ansiedade e do nervosismo são muito semelhantes, por isso é bem comum as pessoas se perguntarem: será que o que estou sentindo é um quadro de ansiedade ou só uma crise nervosa?

A principal diferença entre esses sentimentos é o tempo de duração e a gravidade do problema.

Os sinais de nervosismo costumam ser passageiros e podem ser contornados com algumas técnicas e estratégias, como demonstraremos a seguir.

Os quadros de ansiedade, no entanto, apresentam o nervosismo apenas como um dos seus sintomas, e podem decorrer de fatores genéticos, química cerebral ou outros eventos da vida.

E como saber se essa ansiedade está indo além do que deveria?

Insônia constante, cansaço que não passa, preocupação excessiva com tudo e com todos e irritação frequente podem ser alguns dos sinais de ansiedade crônica.

Nesses casos, é recomendável procurar ajuda médica para entender os melhores tratamentos para o seu caso.

🔵Leia também: Veja 12 dicas de como cuidar da saúde mental e emocional

Qual a relação dos estudos com o nervosismo?

Você sabe por que se sente tão nervoso ao estudar para uma prova? Bem, a resposta não é tão simples, mas podemos supor que ocorra uma autocobrança para alcançar determinado resultado.

Essa pressão por cumprir com um objetivo pode gerar estresse e pensamentos como “e se eu não conseguir?”, “e se eu não tirar uma boa nota?” ou “e se eu não passar no vestibular?”. Esses questionamentos geram insegurança, medo e, consequentemente, você fica nervoso.

Mas, ao acionar esses pensamentos e dar boas-vindas ao nervosismo, você também acaba prejudicando o seu desempenho nos estudos.

O nervosismo pode prejudicar a sua memória, bloquear aquilo que você já aprendeu com os famosos “brancos”, e também pode interferir na sua energia e disposição, já que você se sente cansado.

Além disso, quando você fica nervoso você também pode ter insônia e uma espécie de estafa mental.

O estado de nervosismo, entretanto, é momentâneo e pode ser driblado com algumas táticas. A seguir, confira algumas dicas para você ficar menos nervoso e aumentar sua concentração e rendimento nos estudos.

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Veja 7 dicas para driblar o nervosismo

Calma, existem formas de você mandar o nervosismo para bem longe! Confira algumas dicas que separamos para você:

1) Respeite seus limites e peça ajuda

Você precisa estar atento aos limites do seu corpo e da sua mente. Se você começa a extrapolar esses limites, além de não conseguir ter o desempenho que gostaria, ainda pode ter outras reações, como insônia, estresse e desequilíbrio na alimentação.

Outra dica para não se sobrecarregar é, sempre que necessário e possível, pedir ajuda de colegas, amigos e familiares.

2) Respire e não pire

Parece bobagem, mas não é. O simples fato de ficar alguns minutos concentrado apenas na sua respiração, inspirando e expirando com consciência, ajuda a aliviar o estresse e o nervosismo.

A respiração profunda tem o poder de enviar uma mensagem para o seu cérebro dizendo que está tudo bem e, naturalmente, você vai se acalmar. Então separe 5 minutinhos do seu dia para apenas inspirar e expirar.

Se tiver dificuldade de esvaziar a sua mente ou ficar em silêncio, procure por músicas de meditação para te ajudar a relaxar.

3) Organize sua rotina

A desorganização pode ser um dos aspectos que te deixa nervoso. Se você sabe o que fazer, quando fazer e como fazer a tendência é que você fique mais tranquilo – nos estudos e na vida!

Você pode criar uma planilha de estudos com os dias de aula e estabelecer horários fixos para estudar determinada disciplina ou fazer atividades práticas e simulados para treinar seu conhecimento e domínio sobre as matérias e sobre redação.

Preveja, nesse planejamento, alguns horários para você colocar em prática algumas técnicas de memorização – este também é um ótimo jeito de estudar!

Não se esqueça de prever, nesse cronograma, espaços para você descansar e praticar um exercício físico, por exemplo. Mas nada de procrastinar, combinado?

Sabemos que trabalhar e estudar ao mesmo tempo pode ser difícil, mas o cronograma deve te ajudar nessa organização. Só lembre de ser flexível: não fique nervoso caso não consiga cumprir com o estipulado por um motivo ou outro.

Imprevistos acontecem e, como já falamos, é importante respeitar seus limites. Tudo bem se você não conseguir cumprir um dia de estudos porque está muito cansado. Uma mente descansada absorve mais aprendizado do que uma mente exausta!

4) Faça atividades físicas com regularidade

Já está mais que comprovado que as atividades físicas ajudam no combate ao estresse, ao mau humor e a tantas outras doenças físicas. Isso acontece porque o movimento libera hormônios estimulantes.

O exercício também melhora a qualidade do sono e ativa a circulação sanguínea – inclusive a do cérebro, o que é muito importante para quem estuda.

Existem atividades físicas para todos os gostos, então não tem desculpa! Você pode optar por fazer algum esporte, como futebol, basquete e natação, atividades aeróbicas como corrida, dança ou caminhada, ou algumas mais leves, como pilates e yoga.

Só não esqueça: mantenha a rotina e a regularidade nos exercícios.

5) Tenha uma alimentação equilibrada

Alguns alimentos podem colaborar para que você fique mais agitado, ansioso e nervoso, portanto, devem ser evitados.

Esses alimentos chamados de estimulantes são ricos em açúcares, gorduras e cafeína, e te dão momentaneamente mais energia, mas ao longo do dia vão te deixando mais estressado e cansado.

Para evitar indigestão e uma consequente indisposição, invista em uma alimentação equilibrada, rica de frutas, verduras e proteínas.

Outa dica é tomar bastante água e chás calmantes, como o de camomila, melissa, erva-doce e maracujá.

6) Durma de 7 a 9 horas por dia

Uma noite de sono bem dormida é essencial para regular as emoções e ter um ritmo de vida saudável.

O recomendado é dormir de 7 a 9 horas a cada noite, então nada de ficar fazendo atividades de trabalho ou estudo durante a madrugada. Respeite o seu momento de descanso!

7) Se afaste um pouco das redes sociais

As redes sociais podem ser ótimas para momentos de distração, mas às vezes prendem a nossa atenção por mais tempo do que gostaríamos. Por isso evite ficar com o celular perto quando for estudar ou desenvolver qualquer outra atividade importante.

Nas redes também é comum que as pessoas mostrem uma vida perfeita (que não existe!), então naturalmente você compara o seu ritmo de vida com o de amigos, conhecidos ou familiares.

Essa comparação pode te deixar extremamente ansioso e nervoso, por isso, de tempos em tempos, invista em uma desintoxicação digital.

Conclusão

Neste artigo você conferiu a definição de nervosismo, algumas causas, sintomas, mas também dicas para lidar com o medo, angústia e estresse.

Existem muitos tipos de sintomas que vão te ajudar a identificar se você anda muito nervoso ou não e, se a resposta for positiva, tente desacelerar um pouco o ritmo.

O nervosismo pode trazer diversos malefícios, como a insônia, dores musculares e falta de foco e concentração no dia a dia. Para evitar que isso aconteça, coloque em prática as 7 dicas trazidas neste artigo.

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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