O que é síntese: veja exemplos e um passo a passo de como fazer

Postado em 25 de jul de 2020
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Se você gosta de estudar e é adepto dos métodos que facilitam o aprendizado, mas não sabe o que é uma síntese, está na hora de descobrir. 

Isso porque a técnica é bem simples de ser colocada em prática e rende bons resultados.

Neste texto, vamos não apenas explicar o que é a síntese, mas também esclarecer a diferença entre esse gênero textual e outros. Também listamos algumas dicas para você construir um texto de excelência. Neste artigo, você vai conferir:

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O que é uma síntese?

A palavra síntese logo remete ao significado do termo.

Uma síntese é um resumo que contempla as principais ideias ou a essência de algo. É possível, portanto, fazer uma síntese de um filme, de uma série, de uma novela, de um livro, de um artigo ou de um trabalho acadêmico, por exemplo.

E a síntese de texto?

A síntese de texto, por sua vez, é o resumo de um texto original.

Por essa razão, sempre deve ser menor do que o texto base. Se você costuma elencar os principais tópicos de um texto e acredita que isso seja uma síntese, saiba que é um equívoco.

Isso porque, ainda que a técnica seja eficaz e parte importante da construção, esse formato exige a apresentação em texto corrido. A seguir, você descobre como fazer uma síntese.

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Como se faz uma síntese?

Embora pareça algo simples de ser feito, a síntese exige grande capacidade de compreensão e de interpretação do texto original.

Não se trata, simplesmente, copiar e colar alguns trechos da obra primária. É necessário, de fato, entender o assunto abordado e as ideias defendidas pelo autor. Sendo assim, para iniciar uma síntese, você precisa ter a certeza de que não restam dúvidas sobre o que acabou de ler.

Também é importante ser coeso e coerente na elaboração do texto. Mais à frente, você verá mais algumas dicas sobre como fazer uma síntese perfeita.

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Como identificar uma síntese?

Muita gente acredita que sinopse, resenha, resumo e fichamento são sinônimos de uma síntese. Mas, na realidade, não são. Podemos dizer que eles são uma espécie de primos - cada um dos tipos tem características próprias.

Conheça quais são elas a seguir e aprenda como reconhecer uma síntese:

1. Sinopse

A palavra sinopse remete a filmes, não é mesmo? O uso dela para apresentar o tema de uma produção de cinema é bastante comum. Por isso, logo fazemos essa associação.

A sinopse é um relato breve sobre o assunto. É a visão geral de uma obra. Ela funciona como um chamariz, capaz de despertar a atenção do leitor.

2. Resenha

A resenha, por sua vez, tem uma abordagem bem diferente. Essa produção textual permite a inserção de opiniões e pontos de vista. Ou seja, além de explanar sobre os tópicos principais de uma obra, o autor também inclui sua visão acerca do tema.

Em trabalhos escolares e acadêmicos, a resenha é bastante requisitada. Os docentes usam o formato para avaliar a capacidade de entendimento dos alunos e o pensamento crítico.

3. Resumo

Por sua vez, o resumo, assim como a síntese, reúne as principais ideias do texto de origem.  No entanto, ele é mais impessoal. Isso significa que o resumo tem caráter mais informativo e é usado para que seja evitado recorrer à obra original.

Por essa razão, ele costuma ser mais longo.

4. Fichamento

Nessa família de termos relacionados, tem ainda o fichamento, que é um conjunto de dados reunidos em forma de fichas.

Ele serve para que as consultas ao conteúdo sejam simples e rápidas. Normalmente, o fichamento contém, além de um resumo da obra, informações sobre o autor e a publicação.

O fichamento é bastante usado como apoio para o desenvolvimento de artigos científicos.

 

 

 

Passo a passo para elaborar uma síntese

Agora que você já sabe o que é uma síntese e a diferença dela para outros tipos de textos, chegou a hora de acompanhar o passo a passo:

1. Leia atentamente

Já falamos sobre isso, mas não custa reforçar. A escrita de uma síntese começa pelo entendimento do conteúdo em questão. 

Por isso, além de ler com atenção, procure fazer a leitura mais de uma vez. Caso não entenda alguma parte, pare e pesquise. É fundamental que a sua compreensão seja plena. 

2. Conecte as ideias

Você se lembra de ter lido um texto com ideias que não se complementam e não fazem o menor sentido? Provavelmente, já. Isso se deve à desconexão entre os elementos do texto. 

Essa é uma falha grave que prejudica significativamente a percepção sobre o conteúdo.

Dessa forma, lembre-se sempre disto aqui: ao elaborar uma síntese, certifique-se de que há relação entre as frases e parágrafos. O uso de conectivos é fundamental nesse caso (em primeiro lugar, enfim, principalmente, afinal, etc.).

3. Organize seu texto

Este passo é complementar ao anterior. Vale dizer que, além de conectar as ideias, também é preciso usar uma lógica de construção do texto. Comece com introdução e, aos poucos, aborde os assuntos principais. Por fim, faça uma conclusão. 

4. Não altere o conteúdo

Escrever com as suas palavras é uma coisa, mas inventar teses é outra bem diferente.

Tenha o cuidado de refletir a essência do conteúdo com exatidão e não inclua itens que não foram abordados no texto original.

5. Não esqueça das normas da ABNT

Vai dizer que você é daqueles que sentem arrepios quando essas letrinhas aparecem?

As normas da ABNT podem assustar muitos estudantes, mas elas são extremamente relevantes para manter os padrões e facilitar a leitura dos documentos acadêmicos.

Não deixe de conferir as regras e segui-las à risca.

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Dicas e técnicas para escrever uma boa síntese

Depois de acompanhar todo o passo a passo, você já sabe como fazer uma síntese.

Mas, como uma ajudinha extra é sempre válida, listamos quatro dicas infalíveis para você mandar bem na construção do seu texto. Veja só:

1. Sublinhe o texto

Tem uma caneta marca-texto aí com você? Então, use-a para destacar os pontos que mais chamam a atenção no conteúdo. Se preferir, pegue um lápis e sublinhe as frases.

Não importa qual seja o seu método: a ideia aqui é simplificar o processo e evidenciar as ideias principais conforme a leitura é realizada.

2. Faça anotações e encontre palavras-chave

Ao ler o conteúdo, mantenha ao seu lado papel e caneta para escrever as suas anotações. Você não precisa esperar o fim da leitura para fazer isso.

Sabe o que ajuda bastante? Construir resumos de cada parágrafo. Outra técnica é determinar as palavras-chave do texto. 

3. Reflita sobre o que escreveu no seu esboço

Como todo processo de escrita, primeiro vem o esboço e, só depois, a edição e revisão do texto.

Ao terminar a primeira versão da síntese, dedique um tempo para pensar sobre ela.  Veja se, de fato, ela espelha a obra original e se os principais tópicos foram abordados.

4. Use a síntese para estudar e aprender

Você escreveu a síntese. Até aqui, tudo bem. Mas há um objetivo por trás dela, certo?

O texto pode ser um trabalho a ser entregue, mas tenha em mente que é um instrumento de estudo. Por isso, use-o a seu favor e extraia da síntese o máximo de aprendizado que puder.

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Exemplo de síntese

Para facilitar a sua compreensão, veja só um trecho de uma síntese sobre o livro “O Pequeno Príncipe” abaixo como exemplo:

Escrita pelo francês Antoine de Saint-Exupéry, a obra literária “O Pequeno Príncipe” conta uma história de amizade entre um príncipe que habita um asteroide no espaço e um homem frustrado por ninguém conseguir entender os seus desenhos.

Além das personagens principais, também aparecem outras figuras durante a narrativa. O piloto, que assume o protagonismo junto com o Pequeno Príncipe e também o papel de narrador; a Rosa, que simboliza o amor que deve ser cultivado e cuidado; a Raposa, que representa a sabedoria; a Serpente, que remete à morte (...).

Observe a descrição da história e das personagens. A essência é transmitida exatamente como mostra o livro. Repare ainda que não há qualquer juízo de valor. Ou seja, nenhuma opinião ou argumento é colocado durante o texto.

E então, conseguiu tirar suas dúvidas sobre o que é síntese?

Para assimilar todas as recomendações citadas aqui, vale fazer uma releitura. Assim, você acaba praticando, inclusive, as dicas que demos!

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Por Redação Blog do EAD

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